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Mostrando postagens de janeiro, 2017
A  GAROTA DE PROGRAMA Por Lidice Cambuí Essa pode parecer mais uma daquelas histórias clichês que os compositores tanto usam nas suas músicas de sofrência, mas não é.  Aconteceu comigo. Me chamo  Eliane, sou garota de programa, mas nem sempre fui assim. Uma vez a vida me deu uma chance de não repetir meus erros, mas eu desperdicei. Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas no caso do meu ex marido Felipe, isso não foi verdade.  O coitado recebeu não dois raios quaisquer, e sim duas descargas de alta voltagem suficiente para matá-lo , não fosse a sua força interior. E eu o admiro muito por isso. E sei que ele não merecia passar por tudo que passou. Sei que meu remorso nunca vai passar. Bem, não que eu queira justificar, mas me tornei  garota de programa pela força das circunstâncias ao 12 anos. Minha família era desestruturada, meu pai alcoólatra e minha mãe trabalhava o tempo todo, quase não a víamos coitada, e o que ganhava ainda não...
O QUATRILHO Por Lídice Cambuí Chego em minha casa,  cansada depois de um dia de trabalho, e rapidamente tiro os sapatos, me jogo no sofá e ligo o som com o controle remoto.  Fábio Jr começa a cantar “o que será, que esse fogo não queima o que tem pra queimar,  que a gente não ama o que tem pra se amar...” Começa então a repassar como um filme na minha cabeça a história que uma colega me contou hoje. Mais ou menos assim: Thiago tinha 19 anos quando começou a trabalhar num armazém de médio porte. Enquanto arrumava as prateleiras, uma garota de 11 anos que passava por ali todos os dias pra ir pra escola começou a chamar sua atenção. Ele não sabia porque, mas queria aquela garota pra ele de qualquer forma. Um ano se passou, ele já era sócio do armazém/empório , e Thiago já sabia onde Letícia morava, e que ela era paupérrima , morando com os pais e os irmãos numa casinha de sapê. Era sua oportunidade. Ele realmente queria aquela garota como esposa para cuidar dela...
ops OPS... Teu olhar me pegou assim Brincando Quando fecho meus olhos e o teu olhar que me guia Debaixo dos lençóis e o teu corpo chamo Ops Aquela despedida não me fez bem pelo contrário Sinto cada dia mais que preciso do seu sorriso Do seu carinho Da sua alegria em mim Ops Aquela brincadeira de não se apegar Pois é Não funcionou muito bem Olha eu aqui Batendo na sua porta Pedindo volta Ops O mar negro do teu olhar me levou para o fundo da minha alma E a cada dia te quero Todo dia Toda hora