Confusões do amor
(Victor Chaves)
A palavra "amor" pode ser
resumidamente classificada e facilmente identificada: amor é tudo o que é
positivo e que faz bem. O resto é alienação, medo e muita, muita confusão. Tem
gente que diz: amo quem não me quer. Desculpe, mas há dois pontos aí: quem não
aprendeu a se amar não ama ninguém; e quem se ama, não aceita quem lhe faça
mal. É claro! Se eu me amo, só quero ao meu lado quem me respeite e que divida
bons sentimentos comigo, para o meu próprio bem. Quando penso que amo quem não
me quer, quem não me quer sou eu. Quando digo que amo quem me priva de minha
liberdade, sou eu, prisioneiro de mim. Em outras, somos nós os responsáveis por
tudo o que aceitamos em nossas vidas, que nos faça mal ou bem. Há quem diga
também: estou sofrendo por amor. Você pode sofrer por carência, inaceitação,
egoísmo e também por inflexibilidade. Mas por amor, ninguém sofre. Amor só faz
bem. Amor só acontece quando aprendemos a nos amar. E aí, somos nós os
responsáveis pelas confusões constantes que fazemos com nossos sentimentos.
Somos mestres em criar expectativas e, quando a pessoa que julgamos amar não corresponde
a elas, achamos ruim, nos fazemos de vítima, dizemos que não queremos mais amar
ninguém e que as pessoas sempre nos decepcionam. Quando confundimos amor com
ciúme, obsessão, pocessividade, egoísmo, alienação, submissão e outras coisas
mais, que geram dor e sofrimento a nós e aos outros, melhor nos lembrarmos de
que amor só faz bem, e aquilo que não fizer, amor não será. Há quem diga: tu te
tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Falso dito. Devemos ser
responsáveis é na forma de amar, e não por sermos amados. Tendo sido honesto e
autêntico, quem é amado não tem que se preocupar em agradar para merecer afeto.
Amor não combina com sedução. Combina com autenticidade. Precisamos ter a
coragem de sermos nós mesmos, certos de que a colheita virá, bem em acordo com
o que plantamos. Então, se algo não vai bem, será bom repensarmos o amor em
nossas atitudes e o que desejamos mudar para que, num futuro que começa no
próximo segundo, tudo fique diferente.
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