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Mostrando postagens de fevereiro, 2016
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Era uma vez uma menina chamada Linda por Lidice cmbui Era uma vez, em um lugar distante do litoral uma menina chamada Linda. Coitada da Linda! Só era linda no nome porque na verdade era feia de dar dó. A pobrezinha cresceu confusa sem associar o nome à pessoa sabe? Na escola era motivo de chacota, ninguém queria brincar com ela porque era baixinha e frágil. Se ia copiar algo no quadro, era motivo de protesto porque tinha de subir na cadeira; se ia ler para a classe, reclamavam porque ela era um pouco gaga. Era amiga do menino mais lindo e CDF do colégio, mas ele neca de reparar nela. O vizinho dela, aquele moreno dos olhos cor de mel, logo esqueceu que ela existia e arrumou outra pra valer, sem nunca ter dado sequer uma bitoca. E ela se acabava de chorar. Como eu disse, ela cresceu sem conseguir entender por que puseram esse nome nela se não tinha nada a ver. Mas Linda tinha um detalhe especial: era muito inteligente. Para ela, parecia não ter nenhuma importâ...
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"O PRÍNCIPE ENCANTADO" Por Lídice  Cambuí ( a autora desse conto avisa: qualquer semelhança com o filme sh-rek será mera coincidência...) Era uma vez...há muitos e muitos anos atrás...num reino tão,tão distante, uma princesinha que aos 24 anos não acreditava mais nesse tal de príncipe encantado,assim como não acreditava em outras coisas.Mas um dia ela foi ao seu compromisso religioso de costume, e lá estava ele: terno azul marinho, lindo.... Ela passou, fingiu que não viu. Depois achou que era falta de educação, e voltou para cumprimentar tanto a ele como sua família. Ela sentiu uma sensação estranha,mas ignorou, e, ao final do evento, ela foi para a porta e acompanhou a saída dele com os olhos. Prestou atenção em cada detalhe, ele abrindo a porta do carro para a mãe e a irmã, até ele entrar no carro e sumir na esquina. Passaram-se uns meses, quando numa noite de dezembro, ela, ao chegar no baile, simplesmente viu: era ele!!!Muito atencioso, ele a cump...
A OSTRA  E A PÉROLA Por Lidice  Cambuí “A previsão do tempo dizia que ia chover , mas nenhum dos dois se importou. A tarde passou ,e de repente,  praticamente um novo dilúvio começou a cair do céu. Presos agora em casa, sorrimos um pro outro, porque afinal de contas não era má idéia ficarmos sozinhos ali. Filme, violão, lareira, e principalmente muita timidez no ar. Nossos caminhos diferentes nos levavam ao mesmo lugar, pessoas tão diferentes que queriam exatamente a mesma coisa. É quando se descobre que a maior sede do ser  humano não é de água, e sim de amor. Pra quem sabe ler um pingo é letra, mas pra quem não sabe,  esse mesmo pingo se torna um imenso universo a explorar. Assim éramos nós, a ostra e a pérola, cada um guardando os seus desejos mais secretos dentro de si, como se fosse a sete chaves, sendo que na prática a realização estava ali diante de nós. Conforme as horas se passavam, nós dois dentro daquela casa sem poder sair, a c...