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Mostrando postagens de fevereiro, 2017
“O ESTRANHO DO ONIBUS” Por Lídice Cambuí Nunca acreditei nessa história de amor de verão, nem amor à primeira vista. Esse negócio de “desde o primeiro oi, pra mim já foi” não fazia muito sentido pra mim. Não achava provável até acontecer comigo . Vinha eu de uma visita a uma amiga , numa cidade a 230 km da minha, uma noite comum, numa viagem comum de volta pra casa. Ônibus lotado, pós feriado, só consegui uma vaga na última poltrona do ônibus, ao lado de um bêbado que não parava de falar e cantar. Esse bêbado muito perturbou , até desceu pra tomar mais uma.  Duas poltronas à minha frente, um rapaz estilo nerd intelectual  sorria bastante do comportamento do bêbado. E eis que na metade da estrada o bêbado chega ao seu destino, para meu alívio. De repente, o carinha à minha frente veio se sentar  na poltrona ao meu lado. Começamos a conversar e algo estranho aconteceu:  descobríamos que tínhamos muito em comum.  Ele gostava de Karl Marx, e de militâ...
"Amar é tão simples. As pessoas é que complicam, as pessoas é que idealizam demais e esquecem de viver a realidade que, por mais complicada que possa parecer, continua linda de viver. As pessoas se esquecem de que o amor precisa ser alimentado não com presentes e jantares caros. Não, o amor não precisa ser financiado para se manter. O problema é que as pessoas se esquecem do chocolate favorito quando vão ao mercado, se esquecem de que aquela camiseta do Star Wars vai fazer o coração do outro bater mais forte e que o sorriso vai ser desenhado aos poucos em seu rosto como quem diz obrigada. As pessoas se esquecem da cor favorita, da sobremesa preferida, se esquecem de que um filme de comédia romântica, em um final de tarde no domingo, faz bem. As pessoas se esquecem de elogiar aquele vestido novo, de dizer o quanto está linda naquele pijama velho que a deixa ainda mais bonita. As pessoas se esquecem da importância de assistir um jogo de futebol com o parceiro, de gritar com ele qua...
O  QUE A VIDA ME FEZ Por LIDICE CAMBUÍ Sabe, a vida é mesmo uma montanha russa: em alguns momentos você está no topo, em outros momentos está  girando como em piruetas, em outros momentos está por baixo, e ainda tem aqueles momentos de calmaria, com movimentos uniformemente lineares. Assim tem sido minha vida, sempre inconstante de tal forma que hoje sofro as conseqüências físicas e emocionais desse vai e vem. Desculpem-me, esqueci de me apresentar. Me chamo Priscila. Eu tive uma infância normal como qualquer outra criança, e minha vida parecia mais normal ainda. Ao entrar na puberdade, aos 11 anos, conheci  o amor da minha vida na escola. Começamos a trocar cartinhas de amor.  Aos 13 anos, esse garoto foi até a minha casa e me pediu em namoro a minha mãe, que respondeu sorrindo, pedindo pra ele esperar até eu completar 15 anos. Ficando combinado assim, continuamos a trocar nossas cartas de amor. Mas nesse meio tempo surgiu um outro menino me paque...
Era no que estava. por Rafaela Correa Ali estava você, em um lugar que eu acreditava jamais chegar. Ali estava você, com os olhos tão brilhantes nos quais eu jamais acreditaria ver. Ali estava você, sorrindo, mostrando os dentes tortos um tanto quanto infantis retratando a alegria ao me ver. Ali estava você, com palavras doces e lindas saindo através de seus lindos lábios finos e avermelhados. Ali estava você, apenas estava. Estava em um sonho no qual eu jamais acreditaria sonhar. Mas a vida ela passa, lentamente ou rapidamente. Lentamente aos que sofrem. Rapidamente aos que amam. Lentamente aos que morrem. Rapidamente aos que vivem. Lentamente aos que são frios. Rapidamente aos que são quentes. Antes do estava, era o lentamente. Durante o estava, era rapidamente. E agora? Eu não sei bem dizer se era o estava ou se o estava era apenas um era. Só sei que o lentamente voltou, da mesma forma que não deveria ter ido. Mas já era. O rapidamente esteve e mandou lembranças.