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Mostrando postagens de outubro, 2017
“ TODO CANTO” por Lidice Cambui Do alpendre da sua casa , seu Alcides observava os namorados na praça em frente a sua casa. Ah, já não se fazem mais amores como antigamente. Dona Teodora, sua amada, falecera  há dois anos,  depois de cinco décadas juntos, e tudo naquela casa , cada canto, lembrava ela. Mesmo assim, por algum motivo ele não queria sair dali, apesar da insistência dos filhos e netos, que viviam convidando ele a morar com eles.  Mas a cada vez que ele ouvia essas propostas  , ele pensava “como é que eu arranco as paredes , o chão da sala. A casa inteira eu to doando, se  isso me fizesse esquecer ela” Mas enfim, meio corcunda e devagar, seu Alcides senta em sua cadeira de balanço, e sua vida com Teodora começa a passar como um filme em sua cabeça, de novo, pra variar. “Se eu vendesse o sofá, as cadeiras , a cama, o rack,, a mesa não ia adiantar ... cada canto da casa é um canto especial onde a gente fez amor, a gente não perdoou nada “...
UM SORRISO! por Bruna Gonçalves Em mais um dia cansativo nesse hospital, no qual eu já vi e ouvi de tudo, porém, nada se comparou a essa minha paciente simpática e carinhosa, que mostrou se alegre desde a sua primeira consulta - Bao dia dotô -Bom dia D. Socorro, como amanheceu hoje?  -Ah dotô, num cordei bao não sabe, minha barriga dói, num consigo comer nada, o que eu tenho? Para a D. Socorro, que havia passado por vários médicos (dentre os quais muitos deles nem fizeram casos de suas dores), não desanimava em nenhum momento. Ao contrário da maioria, esse "dotô" como ela sempre diz parece saber o que faz.  Bom a essa era a sua quarta consulta e com os resultados nas mãos (demorou 2 anos para ficar prontos) eis que frente a frete ela indaga o experiente médico: -Bao dotô, o que eu tenho é grave?  A fisionomia do mesmo muda e o sorriso que a recepcionou some de sua face e da lugar a uma ruga de preocupação. -Olha D. Socorro, a notícia que tenho para a ...