O PLAYBOY E A MOCINHA DO VESTIDO CURTO

Ele era o perfeitinho playboyzinho, mauricinho conhecido da cidade, de família influente, o queridinho das meninas quando passava em seu “carrão” , fazendo charme.

Do alto dos seus 26 anos,  cuidava da fazenda que o pai havia dado , e o resto ele não tinha certeza de mais nada, nem mesmo de concluir os estudos. Parou na oitava série.

Ele não sabia o que era amor, nunca havia sentido antes, deixava a vida lhe levar ,  bem despreocupadamente.

Foi quando aos 26 anos, tudo mudou na vida do playboyzinho.

Era um dia como outro qualquer.  Como de costume, ele parou sua rural verde da frente do maior supermercado da cidade para comprar guloseimas  e pão antes de ir para a fazenda, que não ficava muito longe da cidade.

Ao entrar , eis que tinha uma moca nova atendendo no caixa que ele não conhecia.

Pele  muito alva, cabelos pretos lustrosos até a cintura, lábios rosados na medida perfeita.

Ele disfarçou, mas saiu esfregando os olhos pra ter certeza que não era uma visão.

Só que o detalhe é que ele estudava a noite, e ela também. Ele, em colégio particular, e ela em um público. Um não ficava distante do outro. Portanto, depois de puxar conversa, ele decidiu que iria  arriscar aparecer pela rua do colégio dela assim como quem não quer nada, o playboy e seu fusca.

O que ele não contava é que a mocinha do vestido curto e belas pernas,  contava com dois seguranças particulares , que eram seus irmãos mais velhos, que eram muito ciumentos.

Ela vinha de família grande, então os 5 filhos homens eram encarregados pelo pai de proteger as 7 filhas mulheres de aproximações indevidas.

Um dia, na saída da escola, lá estava o playboy esperando a garota para oferecer carona. Ela consultou os irmãos, e eles disseram “vai”, que traduzindo seria “vai, que em casa você se acerta com nosso pai”.

O playboy não se intimidou, e um dia a mocinha se cansou do ciúme alheio e decidiu aceitar a carona.

Primeiro a mocinha apanhou.

Depois, na segunda carona, o pai já perguntou a ela se o namoro era pra casar.

Ela disse que não sabia, mas que convidaria o rapaz se o pai assim desejasse.

Assim foi feito. O pai da moça leu logo todo o bê-a-bá  das condições em que ele permitiria ver a filha . O playboy atendeu as exigências, pois estava completamente encantado.

Como era de costume na época, o namoro se resumia em conversar na porta de casa até certo horário determinado.

Casaram-se em um ano e meio. Mas não sem enfrentar percalços no caminho:

Primeiro, as recalcadas da cidade começaram a criticar a mocinha porque ela era pobre, carregava lata de água na cabeça , e por isso o playboy jamais se casaria com ela .  Os cochichos eram constantes, mas a moça, o playboy e as famílias deles não se importaram com isso.

Durante o noivado, o playboy teve uma recaída , saiu a noite sem informar a noiva. Ela chamou a atenção dele seriamente , pois ficou receosa pela fama pregressa que ele tinha. “Sou pobre, mas sou honrada”, era seu lema.

Incrivelmente, a família dele não teve nenhum preconceito em relação a ela. Eles a receberam de braços abertos. Ela se tornou a filha que eles não tinham, inclusive realizando o sonho dos sogros de ser avós.

O playboy, com a agora esposa e os pais dele, morou junto em perfeita harmonia por pelo menos 40 anos ate o falecimento deles. Os netos eram a maior alegria dos pais do palyboy.

Os que antes criticaram e riram pelas costas agora só assistiam aquilo tudo dar certo.

E assim termina uma historia da vida real onde a família começa unida e permanece unida até que a morte os separe.

 


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